Estamos compartilhando uma pesquisa elaborada pela FGV, onde mostra grande insatisfação dos trabalhadores nas empresas, aqui nós entendemos que a Sustentabilidade também envolve o equilíbrio Social, além do Ambiental e econômico, por isso resolvemos abrir a empresa para que mais profissionais se tornem donos do seu próprio trabalho e consigam obter a liberdade e atingir os objetivos que desejam,
Já trabalhei para algumas empresas e também me sentia frustrada com o ambiente competitivo, com a falta de empatia e até um certo desprezo pelos meus conhecimentos e opiniões, quando fui demitida, de certo modo foi um alívio muito grande pra mim, visto que já tinha 39 anos e não via perspectiva de futuro ali. A partir daí, decidi que teria liberdade para tornar meu trabalho como desejasse, com propósito e liberdade, hoje posso ter meus próprios horários, atender os clientes que desejo, ganhar o suficiente para arcar com meus compromissos, posso viajar e decidir ir tomar um café no meio da tarde em uma cafeteria próxima ao meu Home Office, e sinceramente, mesmo que eu ganhe um pouco menos no início, terá valido muito à pena!
Karina Koch
CEO na Arquitetura Ecológica
"A pesquisa Bem-Estar Trabalhista, Felicidade e Pandemia, da FGV Social, mostra que o Brasil teve uma grande queda de felicidade reportada de 2014 a 2018, uma das três maiores do mundo, e, durante a pandemia, teve metade dessa grande queda em apenas um ano. O autor do estudo, Marcelo Neri, explica que um grande determinante do processo foi a perda de postos de trabalho, que “gerou essa perda de bem-estar objetivo, que por sua vez, anda junto com as medidas de felicidade”.
E se esse número não for alarmante para você, deveria ser.
De acordo com a OMS, a depressão no meio corporativo pode ser a segunda maior causa de afastamento de profissionais, um problema recorrente nos mais diversos setores empresariais e de prestação de serviços, sejam eles públicos ou privados. E afastamentos recorrentes representam iminentes quedas de produtividade e, geralmente, qualidade daquilo que é ofertado. E se a percepção do produto ou serviço for negativa, pode-se dizer que o cliente sentirá que “viu um elefante”, procurando então outras empresas e serviços que sinta serem mais capazes e qualificadas.
Apesar da relação direta, colocar a culpa no trabalhador gera diversos problemas éticos. Entre eles, a imputação de culpa por problemas de saúde advindos de condições socioeconômicas complexas, como se, ao ocupar um posto de trabalho, o indivíduo passasse a ser menos humano e mais engrenagem de uma máquina que não pode deixar de funcionar, tampouco ser avariada; como se máquinas também não sofressem de problemas técnicos de tempos em tempos (razão pela qual existe depreciação no valor de ferramentas de trabalho, como se aprende no primeiro semestre de qualquer graduação de Ciências Contábeis).
Os problemas sociais e econômicos não podem ser resolvidos, a priori, exceto em casos excepcionais, pela dita mão invisível do mercado, como pretendem reformistas do pensamento liberal, fugindo muitas vezes às ideias de John Locke e Adam Smith, e por isso frequentemente ganhando a alcunha de neoliberais. Dentro da ideia de contrato social, todas as ações do Estado devem partir de seus dois papéis fundamentais, a partir dos quais todos os demais emanam: papel propositivo e papel regulador, cujos termos já centram em si mesmos suas funções para com a sociedade.
Nenhum empresário, em sã consciência, quer deixar o ambiente de trabalho em condições de precariedade, seja na infraestrutura ou na salubridade física e mental para seus funcionários. Um ambiente mais acolhedor, mais diverso, com gestores e líderes que inspiram confiança e com uma remuneração digna tende a deixar as pessoas mais motivadas. Não só a produtividade, como a qualidade daquilo que é ofertado tenderá a crescer.
Principalmente nas grandes cidades, a perspectiva de bem-estar, conforto e salubridade às vezes tem sido subvertida em prol de ambientes de trabalho lúdicos e de confortos supérfluos, como se a felicidade e a satisfação no trabalho se limitasse ao ambiente em si e não aos fatores que podem tornar o trabalho estressante. Pois mesmo que o profissional ocupe um cargo que sempre foi o seu sonho, o ambiente de trabalho pode ser capaz de tornar este sonho um pesadelo.
Então como mudar este cenário para que as pessoas não sintam que “viram o elefante”, o que inevitavelmente se refletirá nos clientes em algum momento?
Um bom primeiro passo é entender as demandas dos colaboradores de forma que eles se sintam à vontade. Usando da sabedoria popular, que dita que “as pessoas somente são verdadeiras quando usam uma máscara”, enquetes que preservem o anonimato podem ser uma boa saída para o gestor que queira entender as dores e melhorar os índices de satisfação de seu time, e com isso gerar maiores ganhos.
O psicólogo pode e deve ter seu lugar principalmente se o quadro de funcionários for grande, tendo papel necessário para a manutenção prévia de colapsos emocionais.
Uma medida essencial, porém, é a questão salarial. Reconhecimento e conforto, por si só, não pagam contas e nem compram comida; mas um pagamento digno, se possível acima do feito pela concorrência, garantirá trabalhadores mais felizes e motivados. Algo essencial, sobretudo em setores que envolvem atendimento ao público ou exijam alta concentração ou controle de qualidade feito pelos próprios funcionários.
Diminuir a preocupação com problemas pessoais também é possível quando se fornece planos de saúde familiares, sendo este um poderoso amortizador de preocupações cotidianas de muitos brasileiros.
Acima de tudo, é vital que líderes e gestores tenham em mente que, quanto mais colaboradores tiver a empresa, maior impacto social terá; e, portanto, são responsáveis diretos por todas as consequências positivas e negativas que sua esfera de influência exercerá. Um papel social primordial que cabe às empresas é o de cuidar daqueles que produzem."
Fonte: O futuro das coisas
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